Lutas Sociais, 14 de mayo de 2016.
Desde os anos de 1970, conforme sinaliza David Harvey (1993), vem ocorrendo uma mudança no plano da cultura – mas que possui rebatimentos no social, econômico e político – cuja raiz está em uma das crises cíclicas do movimento do capital1. Essa crise, inerente à produção capitalista, começa a produzir nesse período uma nova experiência na maneira como as sociedades experimentam o tempo e o espaÇo, ruindo a confianÇa em juízos científicos e morais até entào establecidos, facendo a estética triunfar sobre a ética, a dominância das imagens em detrimento das narrativas, a precedência da fragmaentaÇao e da efemeridade. Nesses tempos de incertezas e de inseguranÇas, movimentos da sociedade se voltam para promessas de novas explicações a esses fenômenos e buscam modos de conservar o establecido – modos que recebem uma roupagem de desejo de transformação.